Quando eu morrer Não quero choro nem samba e axé Eu quero frevo na ponta do pé e na boca do povo Quando eu morrer Não quero que ninguém me vele Nem me congele no IML E que inventem de eu viver de novo Se eu morri é só me espalhar por aí Antes que eu vire zumbi Ou rango para minhoca Posso ser peça na Escola de Medicina Sair na Unidos de Vila Alpina Jogado do trio pra brincar na pipoca Joga a mão pra cima Tira o pé do chão Mexe o esqueleto Explode coração Joga o pé pra cima Tira a mão do chão Canta pra subir Cai, cai, cai, cai, caixão Na Quarta-feira de Cinzas eu tô o pó Deixa de lado o loló Que eu vou queimar todo até o último osso Me cheire assim, que a carne é fraca e depois cheira mal Se é pra morrer, morra no carnaval De cabeça fria e chupão no pescoço