Eu quero dançar um forró com você nas alturas Brincar de encontrar mil figuras Nas nuvens que vêm no avião Perder a vergonha, o medo, o enjoo O senso de tempo de voo Depois de cair no baião Do mundo abaixo de nós tirar férias Cruzar muitas pontes aéreas Entre Tom Jobim-Gonzagão Deixar toda a tripulação menos séria Cantando, fazendo miséria Levando pro mar o sertão Vai ter forró e eu danço nem que seja no aperto É lá no corredor que eu quero que você me enlace Vai ter forró e é hoje que o céu eu subverto Botando pra suar até quem é primeira classe Com minha sanfona de só oito baixos acordo O povo inteiro a bordo e a gente até perde o ar Mas não tem turbulência nem ar rarefeito Porque organizando direito o céu hoje vai forrozear Assim que puder nós desafivelamos os cintos E já nos jogamos famintos pra recomeçar o forró Se achar ruim fazer todo esse alvoroço Eu puxo até o aeromoço e em sua cintura dou nó Vai ter forró e eu danço nem que seja no aperto É lá no corredor que eu quero que você me enlace Vai ter forró e é hoje que o céu eu subverto Botando pra suar até quem é primeira classe