O meu destino é subverter Sou anarquia, rebuliço e auê (auê auê) Derrubo bons costumes de elites Minha história me permite, vou te receber Chuva tropical de flores Cortejo de valores na Guanabara Num Rio que era capital Do contraste social Correu notícia nas sacadas e umbrais Disfarce da tirania Riqueza de fidalguia, miséria de ideais Me concede essa dança, disse o Imperador! E o pobre, de lado, vivendo sua dor Baile do descaso, gingado febril Desde Dom Pedro, isso é Brasil Seguiu A sapatilha em outros ares, de liberdade Se fez lundu, bailarina da gandaia Bateu tambor com os pés na umbigada Retorna, de forma triunfal Cada cartão postal, uma saudade A chama que ficou, jamais apagará a sua arte Êh rainha, do teatro renascer Pra fazer baderna até o amanhecer Êh rainha, ventre livre de mulher Veja a plateia te aplaudir de pé Vem Maria Baderneira brasileira por amor Que o povo quer te ver na Ilha do Governador Vem Maria Baderneira brasileira por amor Que o povo quer de volta A Ilha do Governador