Labirinto Sem Fim

Dado Ziul

Composed by: Luiz Eduardo de Carvalho Costa
Onde começa? Onde termina?
Só vejo passos, mas não vejo saída
Cada curva é uma promessa vazia
Será que a chave está perdida?

Ouço passos que não são meus
Sombras sussurram segredos que eu não entendo
Relógios congelam, mas o tempo não para
Cada porta que abro revela outra farsa

Quadros sem moldura, desbotam memórias
Pincéis de silêncio pintando histórias
Paredes respiram, me prendem no agora
E o chão dissolve cada vitória

Quem acendeu a chama sem calor?
Quem escreveu um livro sem autor?
Sigo um reflexo que nunca termina
Labirinto sem fim, sem rima

Quem desenhou o céu sem estrelas?
Quem apagou o Sol das janelas?
Se o silêncio é tudo que espero
Talvez eu carregue o mistério

Vento gelado cortando as vértebras
Um ciclo sem ponto, uma mente desértica
Luzes piscam, disfarçam a escuridão
Mas só enxergo neblina na visão

Espelhos que refletem o que não sou
Estilhaços no chão me mostram onde estou
O peso nas costas é leve demais
Quem carrega vazio nunca tem paz

O mundo grita, mas o som não alcança
A alma vaga, o corpo balança
Pés em chamas, chão congelado
Labirinto de vozes num silêncio gritado

Perdido em linhas que se entrelaçam
Mãos que tocam, mas não abraçam
Chaves que giram em fechaduras sem porta
Enigma sem lógica que me confronta

Meu fôlego é fogo que se consome
Correndo em círculos sem sobrenome
O vento ri como se fosse eterno
Me entrego ao escuro, abraço o inferno

Quem desenhou o céu sem estrelas?
Quem apagou o Sol das janelas?
Se o silêncio é tudo que espero
Talvez eu carregue o mistério

Códigos escritos nas veias que pulsam
A mente implode enquanto olhos expulsam
Paisagens borradas por lágrimas secas
Gritos afogados em águas quietas

Na mente, risos que nunca existiram
O peso de promessas que nunca me deram
Desenho no ar as formas do vazio
E abraço o caos enquanto sorrio

Quem apagou o farol na tormenta?
Quem me jogou nessa busca sedenta?
Linhas que dançam no fim do papel
Será que o céu também é cruel?

Labirinto feito de frases truncadas
Palavras sussurram, mas nunca são claras
Uma bússola gira sem direção
O Norte é um mito, só há confusão

Carrego o peso do tempo que some
Cicatrizes falam, mas ninguém responde
Vejo sinais, mas o mapa é quebrado
Cada escolha me deixa mais afastado

Quem desenhou o céu sem estrelas?
Quem apagou o Sol das janelas?
Se o silêncio é tudo que espero
Talvez eu carregue o mistério

Os ventos me empurram contra as paredes
Cada passo que dou, mais fundo eu me perco
A luz no final? Um reflexo distorcido
Um truque da mente, o destino invertido

Se há uma saída, será que é real?
Ou sou eu que me prendo num ciclo fatal?
Lanço perguntas ao abismo que espera
Mas só ouço respostas que ninguém revela

Corro em círculos, mas nunca me movo
Procuro o fim, mas o começo é novo
Labirinto sem fim, talvez eu seja ele
Talvez o fim esteja aqui
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