São Paulo, Brasil! Boladão, pesadão na porra do bagulho! Faz barulho para Mano Brown, família! Tá bom ou quer mais açúcar? Azedar é a meta É o V, é o L, é a paz, é a guerra Entre o porte da espada e o perfume da rosa Sem menção honrosa, sem massagem A vida é louca, meu bom, nela eu tô de passagem Vila Fundão, Capão, boladão, pesadão na missão Porque eu precisa salvar os velhos Porque eu preciso salvar as flores Porque eu preciso salvar as criancinhas e os cachorros Porque eu sou cheio de querer e o dinheiro é pouco pra nós Por mais munição, armas mais fortes E um motor mais veloz, mais gasolina no tanque E pra chegar de igual Vou dizer! Fé em Deus que ele é justo, ei, irmão, nunca se esqueça Na guarda, guerreiro, levanta a cabeça, truta Onde estiver, seja lá como for Tenha fé porque até no lixão nasce flor Ore por nós, pastor, lembra da gente No culto dessa noite, firmão, segue quente Eu admiro os crente, dá licença aqui Mó' função, mó tabela, oh, desculpa aí Eu me sinto às vezes meio (pá, inseguro) Que nem um vira-lata sem fé no futuro Se vem alguém lá, quem é quem? Quem será, meu bom? Dá meu brinquedo de furar moletom Porque os bico que me vê com os truta na balada Tenta ver, quer saber de mim, não vê nada Porque a confiança é uma mulher ingrata Que te beija e te abraça, te rouba e te mata Desacreditar, nem pensar, só naquela Se uma mosca ameaçar, me catar, piso nela O bico deu mó' goela, ó, bico e bandidão Foi em casa na missão, me trombar na Cohab De camisa larga, vai saber, Deus que sabe Qual é a maldade comigo, inimigo num migué Tocou a campainha, plim, pra tramar meu fim Dois maluco armado, sim, um isqueiro e um estopim Pronto pra chamar minha preta pra falar Que eu pegava a mina dele (rá, se ela tava lá) Vadia mentirosa, nunca vi, deu mó' faia Espírito do mal, cão de buceta e saia Talarico eu nunca fui, é o seguinte Ando certo pelo certo, como 10 e 10 é 20 Já penso, doido? E se eu tô com o meu filho no sofá De vacilo, desarmado, era aquilo Sem culpa e sem chance, nem pra abrir a boca Ia nessa sem saber (pro cê ver), vida louca Gege e Liak É o V, é o L É o L, é o V É o V, é o L É o L, é o V Jardim Vaz de Lima, três estrela, Imbé, Paranapanema Mas na rua não é, não Até Jack tem quem passa um pano Impostor, pé de breque, passa pro malandro A inveja existe, e a cada dez, cinco é na maldade A mãe dos pecado, capital é a vaidade Mas se é para resolver, se envolver, vai meu nome Eu vou fazer o quê se cadeia é pra homem? Malandrão, eu? Jamais, ninguém é bobo Se quer guerra, terá, se quer paz, quero em dobro Mas verme é verme, é o que é Rastejando no chão, sempre embaixo do pé E fala uma, duas vez, se marcar, até três Na quatra, xeque-mate, que nem no xadrez Eu sou guerreiro do rap, sempre em alta voltagem Um por um, Deus por nós, tô aqui de passagem Vida louca, eu não tenho dom pra vítima Justiça e liberdade, a causa é legítima Meu rap faz o cântico do loucos e dos românticos Vou por um sorriso de criança onde for Os parceiros tenho a oferecer minha presença Talvez até confusa, mas real e intensa Meu melhor Marvin Gaye, sabadão na marginal O que será, será, é nós, vamo até o final Liga eu, liga nós onde preciso for No paraíso ou no dia do juízo, pastor E liga eu e os irmão Que é o ponto que eu peço, favela, fundão Imortal nos meus versos, vida louca