Colhendo fruto do medo Plantando receio, nego Vai vendo! Limpando o sangue escorrendo Entre os dedos da mão Meu coração aperta Toda mão que alguém Puxa o cão Proteção ao hoje o bom Campo de concentração Tem bloqueio na estrada Intuição não falha Vão subir pela escada Os cana mata, a coca mata A puta arrasta, a mídia abraça Nós chora ouvindo os trauma Enchendo os tambor de bala Mó cota, mó cara O que tenho escrito em página Revelações frustradas Em silêncio da madrugada Com os parças querendo hits Requinte cruel Para mim confuso observando Flores mortas no jardim Já quis ouro que atrai Mas vi que Judas trai De nós quantos que vai? Sem vida não volta mais Os pais da minha idade Privados da liberdade Não viram outra opção No olhar frio da humanidade Não é cotas em faculdade Nem copa em país falido É menos dedo no gatilho E mais livro educativo Criança levando tiro Mas isso não comoveu Vai sentir o gosto do fel Quando o próximo for no teu E eu vou prosseguir na fé Pro exemplo manter intacto Ciente em boa parte Também desejo o fracasso Os laços que fiz em vida Foi legítima defesa Do jeito de compensar O que morreu com a tristeza Certeza! Que a vida cobre No sorriso veneno de cobra Vejo serpentes camufladas No buquê de rosas O tempo é justo Melhor prova concreta E tudo que não agrega Igual poeira, o vento leva Pra longe Vejo horizontes Cinzentos, distantes Abatido sem motivo Nada vai ser como antes Que cortam os traçante Nuvens carregadas que armazena Deixar a chuva lavar o sangue da. 50 Entenda! Mundo que vivo não é fantástico Encantado Tarado em busão lotado Devia ser esquartejado Caralho! Eu tenho ódio injetado E não era assim O que aconteceu comigo? Eu só queria ser feliz Sentimento no papel Escorrendo da ponta bic Compondo versos tristes Que não se encontram em vitrine O filme daria vários Só não mudava o cenário Moleque sendo alvejado Estudante, uniformizado Trágico! Luto, bares lotados Internauta indignado Celular na mão Todos são revolucionários, fácil Por trás da tela Ser combatente de guerra Escrevendo palavras belas Quando não falta Em panela: Comida Sou homicida De festas decorativas Antipático sem glitter E nem brilho de purpurina Doutrina sendo exercida Sem fama e anonimato Escrevendo a dor no peito Para poder juntar os pedaços Tive abraços que senti na pele O frio do iceberg Era a vida me ensinando O que não mata, fortalece As teses em teoria Periferia seria Refúgio para escravizados De luto da hierarquia Cê via? As balas, fitas Os bichos, mofo na telha Não via? Convicção no olhar Que havia tristeza, firmeza! Nós tá no jogo Aposta é alta, paga o dobro Pra recomeçar comigo Nos fundos do calabouço São poucos, mas verdadeiros Quando o assunto é financeiro Que até hoje não entenderam Que á postura não tem preço Herdeiro dos pesadelo Sob ataque de morteiros Na lista dos odiados e lembrado Tamo em primeiro Trágico Vivi com doze O que eles nem com trinta Cenário ainda grita Sem chance de voltar atrás Com as mesmas fitas Que ainda instiga Os exemplos que nós tinha E morreu na falha de um plano Aparentemente eficaz Virando as noites acordado Problemas pessoais Ainda nos privam de sonhar Bem vindo a geração Que arrota revolução E troca a atenção dos filhos Por celular instintos de elogio Olhares julgam E dizem muito, enfim Se vendem letras trágicas Se pá se inspiraram em mim Insulto foi mais próximo Do afago debatendo Com a sutura por ser intimo Dos rasgos e sim Se pá o grito do pavor, ódio e desespero Onde triste é a vida E nós insiste em só chorar no enterro Aqui, o tempo só me fez pior Confete não alimenta o ego Aplauso não livrou o meu do pó Intimo de luto e frustração Vendo de baixo a perspectiva Não se enquadra só em arte Carrego como fardo Versos tristes Arranquei de mim O que vários do'cês se esforçam Para fazer parte Conheço a posição de quem apanha A vida compõe em cicatriz Hereditário meu embate Não vim para ser exemplo Dos teus filhos Então tampa o rosto deles Que agora nossa vez é de quem bate Treinando o jab nas pontas de faca Sósia da dor Contraditório pregar paz e amor Vendo a nova geração romantizar suicídio Depressão e crescer dando murro em professor Nutrido de fé Para continuar vivo Lotado de pecado O exemplo a não ser seguido Não pelo que escrevi Ou versos que rimei E sim fitas que vi e vivi E por bem, ainda omito Me odeie mais do que cê já me amou Tempo tem dessas fitas Vem onde o choro não comove Vivendo para ver Natal saciado Por brinquedo descartável Das lojas de 1, 99 No fim ainda me vejo Nos esgotos, turvo Reconheço a aparência no reflexo Bem mais que critica e elogio Lágrimas não surtem efeito E pobreza aqui não se resume só em verso Carrego eles como se fossem filhos Se pá em algum momento Minimiza minhas frustação E a fuga por hoje, entender Os motivos do abraço De quem amo vivo, nunca ter sido em vão Presente da vida Nunca teve a ver com ego Refém de coitadismo algum Merecedor rotulado ao fracasso Porque te induziram a crer Que tirar tua mão da merda Se não for pelo modo que eles aceita Tá errado! Foda-se, com o tempo mudei Minhas prioridades Soco é sincero, beijo remete trairagem Sozinho em uns venenos há um tempo atrás Me fez apto a gritar o que cês acham Tanto faz Fadado ao fracasso Já me vale as letras Se o tiro no próprio pé Travasse algum na cabeça Quem precisava ouvir Infelizmente não consome Quanto a falsa intimidade Deu a luz a muito homem Sei que o tempo me moldou pros inimigos E só, o fim da vida diz quem é amigo Eis que os vira-lata montou sua própria matilha E meu lado passional, hoje só remete a família Sem rastro algum para poder ser cobrado Agradeço aos pais Pelos conselhos, aprendi na sova Na podridão a vida me ensinou Família a única riqueza Que a gente trás do Berço e leva para cova Valores alterados Beijos não dados, jamais Descredibilizam te faz contradito A vida permitiu, reconhece os erros, tio E transforma em ídolos quem sempre te amou Coveiro dos próprios sonhos Reconheço pelos traços Olhar perdido, aceitação em ser frustrado Com treze uma 22 na cinta Com short velho sem elástico Amarrado com cadarço Anônimo pique alcoólatra Que quer vencer o vício Com letras que parecem Cartas de suicídio De onde herdei o prejuízo Na fé que invisto e vi Que boas ações dependiam Se fossem vistos Cês vão me odiar Mais um pouquinho Se a dependência For o motivo que cês quer: Tó Não desmente uma vírgula Que eu tenho escrito Abro mão do ego hoje Por um abraço da minha vó A audiência que cês Tanto se arreganha Não me habita Vitória para mim Hoje é outras fitas Cheguei por orgulho E suor, mesmo não sendo Um dos melhor, longe de Qualquer protagonismo Pique vegeta