(Eu, eu sou, eu sou filho dessa terra) Tosse na fumaça, o que que aconteceu? Mais um jovem manauara que já se fodeu Já não bastasse o Sol torando na moleira Pera, para, porra! Me botaram na coleira Eu sinto que o mundo inteiro me deu as costas Tô tentando acertar onde a sorte não aposta Olha já! Pela janela, o tempo tá fechando Mas caboclo calejado segue sempre caçando Ca-ca-caboclo calejado segue Se-segue sempre caçando O xamã dirá que o ritual vai começar Bate o pé nesse terreno e trás a ginga Que expulsa o Anhangá e a e a E a e a e a Quebrando a rotina, enfrentando a correria (filho dessa terra) Manauara segue transformando dor em poesia Dor em poesia (Filho dessa terra) Eu sou filho dessa terra Agora que é moda cês encontraram o norte Amazônia na tua boca pra ser teu suporte Explore em dois tempos, visite, depois saia fora Minha casa era o seu quintal, não é Bem-vindo agora Eu tenho sangue caboclo, cheio de marcas no corpo Sou mais um filho dessa terra que cês tacam fogo Então renasço de novo trazendo a fúria do povo Reescrevendo a história, por essas cinzas me movo O xamã dirá que o ritual vai começar Bate o pé nesse terreno e trás a ginga Que expulsa o Anhangá e a e a E a e a e a Quebrando a rotina, enfrentando a correria (filho dessa terra) Manauara segue transformando dor em poesia Dor em poesia (Filho dessa terra) Eu sou filho dessa terra Dói a cada dia! Ah se eles soubessem que aqui se corre em dobro Que eles tenham certeza que aqui o calor é outro Quem joga o jogo não tá mais no sufoco Se eu digo sou louco e se me calo sou tolo O que virá antes? O norte no topo ou essa morte no fogo? O norte no topo ou essa morte no fogo?