A saga me persegue, o passado me segue Cicatrizes no corpo trazem transtorno Alma ferida, esquizofrenia, perseguição mania Corredor da agonia Parece que foi ontem, parece que foi hoje Estou puto, sem um puto perdi tudo, a mulher que me pôs no mundo O castigo foi justo. Deus é justo, eu fui injusto Um negro trajando luto, confuso, sem rumo É como eu me sinto, não omito nem minto Chorar, me emocionar, sorrir, me divertir coisas Simples assim Se afastaram de mim O ódio me domina, não controlo a minha ira Imagens refletem na retina Me regenerei não sei, só sei qualidades aperfeiçoei Olho a face desse homem quantos anos tem, olhei para mim Me acabei, me acabei Coração flagelado, sentimento magoado Ainda estou acordado, pensando no amanhã E nem sei se vou viver, e nem sei se vai chegar O tempo é quem vai dizer, dizer o que eu tenho que saber E nem sei se vou viver, e nem sei se vai chegar O tempo é quem vai dizer, dizer o que eu tenho que aprender Folha do cidadão, emprego, construção Mania de perseguição, frustração Olhares atentos em mim, parecem ter medo de mim Me incriminam assim Eu li sobre o anuncio de emprego, ainda tem vaga? Desculpe, já foram todas preenchidas! Tirem suas conclusões, alilalau e os 40 ladrões Cadeia pra botões, roubar milhões, motivo de Comemorações A mão estremece ao lembrar da prece ainda padece Cabisbaixo, capacho do fracasso, tenho o mundo como inimigo O desprezo com amigo Sem abrigo, feito um rato rastejando no mato fugindo de Pilatos Verme sútil, possuiu, sentiu, sentiu, que arrepio Mesmo em libertina sinto a fedentina, pouco a pouco me contamina Como finado, corpo tomado, fudido, mal pago Não tô valendo mais nada A sociedade me descarta igual a uma nota velha, rasgada Jamais falarei, dessa água não beberei Uma vez presidiario, presidiario pra sempre serei Basta estar vivo pra morrer mas eu quero viver Como será meu amanhecer E nem sei se vou viver, e nem sei se vai chegar O tempo é quem vai dizer, dizer o que eu tenho que saber E nem sei se vou viver, e nem sei se vai chegar O tempo é quem vai dizer, dizer o que eu tenho que aprender Sem essa de digno de dó, não vou conspirar é isso que eu sou Mais um bêbado filho da puta e só Não vou passar por inocente nem aqui, nem no Ocidente Consciente, sofri terrivelmente Sonhei com a fama, acordei em drama Toda moral enterrada na lama Tudo tem limite. Concepção da vida admite, o céu é o limite Os heróis temem e mentem e não entendem que nada é pra sempre Maldito homem que confia no homem Homens que não honram seus nomes Redimir, admitir, errei sim Mas sabe lá o que é não ter o que ter pra dar Mas sabe lá o que eu perdi se vou encontrar, sei lá Vida repugnante De meliante, fui ignorante Nada mais me fascina, nem dinheiro, nem puteiro Nada mais me fascina a sensação de ser o melhor Fui o pior Me fascina a liberdade que eu perdi na esquina Vou resgatar a autoestima Cabeça erguida cicatriza a ferida O tempo ha de conceder e eu de merecer a reviver Estou ferido mais vivo, me recuperando para o próximo conflito Sonhos coloridos, esperanças veio, a noite já veio é tarde Meu filho já dormiu, ainda estou acordado pensando no amanhã E nem sei se vou viver, e nem sei se vai chegar O tempo é quem vai dizer, dizer o que eu tenho que saber E nem sei se vou viver, e nem sei se vai chegar O tempo é quem vai dizer, dizer o que eu tenho que aprender Esta foi uma história veredica de um homem que Representou várias A sociedade te deu a arma Te colocou atrás das grades, agora mesmo em liberdade Te persegue O homem sem liberdade é o mesmo que um passaro Com as asas feridas sem poder voar (Eu quero a paz de viver solto Vai dizer que sou solto, sou não)