Sejam bem-vindos ao baile do barão Pra disfarçar o vazio do salão Tenham ciência de que todo alcoolismo É disfarçado de niilismo E tem lugar para dançar A baronesa expulsou o velho bardo Argumentou que não queria ouvir mais fardo Ela temia que toda aquela folia Sucumbisse de repente Num ambiente bad vibes Pegue sua taça e sirva o vosso vinho Que o Deus Dionísio nunca lhe deixou sozinho Oh! Água benta que traz a sua cura Pra loucura louca e pura Que te aguarda no portão Atenção ao anunciamento! Um dragão da cor do cimento Tomou conta do palácio Tomou conta do palhaço Um pavonesco burlesco industrial E uma donzela de aquarela de edital Mas nem Czar ou o partido comunista Sabem que o violinista tem moedas no chapéu Pois nos sentemos pra jogar um carteado Os cavaleiros e o castelo embaralhado Talvez o efeito da poção de cogumelos Que a moça de olhos belos preparava por ali Vai se esconder no reino dos sonhos mil Vai delirar como na noite mais febril Santa Maria mãe de toda realeza Traz as flores e a seda do rei mago Baltazar Ah! Mas já pairava por cima da cidade O dragão cinza chamado sanidade E ordenara em um dilato antigo Ao diabo, seu amigo Ponha um fim neste barão! Aprume as troicas, prepare o zepelim Porque a canção aproxima-se do fim Os seus demônios me fumaram alegria Estou exausto nesse dia Eu preciso me deitar! Sejam bem vindos ao baile do salão Pra disfarçar o vazio do barão Sorriu agora porque todo niilismo Sufocou-se de alcoolismo e não consigo mais Dançar!