Ouço vozes campesinas que se erguem Ecoando nas coxilhas de cimento Como o arado, vem rasgar um solo novo Semear nele seus anseios e lamentos Vem do campo esses anseios sufocados Campear justiça pelas ruas da cidade Guerras santas sem sangrias e degolas Onde as armas são rajadas de verdades Ecoam vozes pelos alambrados Abrem porteiras, cruzam as calçadas Galopam sonhos pelas avenidas Que ajoujam braços, laços e enchadas! Sem repontas ou rancores essas vozes Vêm dizer que faltou terra pra plantar Vêm trazer nas mãos os calos de uma espera É a quimera de uma casa pra morar Se resposta não houver traz esperança E os anseios dessas vozes esquecidas Faltará um pão nas mesas com certeza E somente promessas serão servidas Ecoam vozes pelos alambrados Abrem porteiras, cruzam as calçadas Galopam sonhos pelas avenidas Que ajoujam braços, laços e enchadas! Sem repontas ou rancores essas vozes Vêm dizer que faltou terra pra plantar Vêm trazer nas mãos os calos de uma espera É a quimera de uma casa pra morar Se resposta não houver traz esperança E os anseios dessas vozes esquecidas Faltará um pão nas mesas com certeza E somente promessas serão servidas Ecoam vozes pelos alambrados Abrem porteiras, cruzam as calçadas Galopam sonhos pelas avenidas Que ajoujam braços, laços e enchadas!