No partidor da esperança Montei o flete ilusão Dei rebencaços no tempo Me soltei na amplidão Firmei as rédeas dos sonhos Pra não rodar na partida Pensando bem ser o baio Na cancha larga da vida Dos ventos fiz sinfonias De crinas fiz aramados Do redado da neblina Fiz cortina do passado Num logro tropel de sonhos Me desgarrei do charrua Com a vastidão das estrelas Que enchia a estampa da Lua Quis dividir sesmarias Percorrendo pampa a esmo Por ser guerreiro sem tropa Fui caudilho de mim mesmo Os clarins da alvorada Despertam meu sentimento E os sulcos em minha fronte São trilhas do pensamento Pintei centelhas de aurora Desenhei o Sol poente Risquei de esporas saudade Me perdi no continente