A minha rima não mente Com ela enfrento a dor Olhar de poeta cego Tem verso de toda cor Quando pego no batente Seja no sol ou no frio Minha rabeca me guia Atalho do desafio Sai verso amarelinho Preto da cor de carvão Verde azulado laranja Vermelho do coração Quero rimar mais com branco Seguindo a luz do baião Quero rimar mais com branco Seguindo a luz do baião A minha rima não mente Com ela enfrento a dor Olhar de poeta cego Tem verso de toda cor A cada dia que passa A cada noite que vai Cada canto que eu invento Monta nas nuvens e sai Pra conversar com as estrelas E contar pra me falar Sobre os segredos da terra Que eu canto sem enxergar Conheço o peso do vento Sei a medida do mar Conheço o peso do vento Sei a medida do mar A minha rima não mente Com ela enfrento a dor Olhar de poeta cego Tem verso de toda cor Pra entender meu repente Quero que preste atenção Não ouça só com ouvido Escute o seu coração Sinta o perfume das rosas Da flor de um girassol Não vejo a luz que alumia Mas sinto o calor do sol Navego em barco de rima Sem precisar de farol Navego em barco de rima Sem precisar de farol