O homem de terno entrou no boteco E perguntou que cachaça que tem Não era inverno, mas de baixo do terno Ele tinha um colete também A galera do bar ficou muda Ninguém veio dar uma ajuda Todo mundo tava de bermuda E de repente o homem falou Boa noite, minha gente Boa noite, pessoal Será que alguém tem fogo Alguém leu hoje o jornal Quem sabe quanto foi o jogo Ninguém sabe? Não faz mal Seu garçom pode ficar com o troco Hoje eu que pago a rodada geral O homem esperto Chegou bem mais perto Bebia e comia também Malandro à bessa Puxava conversa E pra tudo dizia amém A galera do bar ficou inquieta Ninguém veio dar uma incerta Todo mundo disse que ele não presta E de repente o malandro falou Boa noite, minha gente Boa noite, pessoal Apresento um grande amigo O meu cumpade, um cara legal Não se ele estudou comigo Ou se a gente cruzou no sinal Quero que ele seja bem-vindo Desde que pague a rodada geral Ninguém estava atento no estabelecimento Quando vieram para dentro conversar Um cabo e um sargento Puxaram dois acentos E é claro que o intento era brigar Cem por cento que eles queriam provocar O homem de terno Quis sair de perto Quando viu, tava brigando também E todo o boteco, virou um inferno Voaram cadeiras pro além A galera do bar ficou junta Não sei nem o porquê nem pergunta Sei que deram porrada e foi muita E dono do bar que falou Boa noite, minha gente Boa noite, pessoal Agradeço pela ajuda Por defender o meu ganha pão Todo dia recebo os amigos Os quietinhos e os com cara de mal Quero dizer que são todos bem-vindos Hoje eu que pago a rodada geral