Por muitos, muitos anos Não sabia que existia Essas pessoas, por aí, eram invisíveis E agora surgem tantos Do Oiapoque ao Chuí Os pensamentos mais horríveis que já vi Onde tava essa gente? Em que toca se escondiam? Qual buraco em que metiam seu nariz? Qual a máscara na face? Qual que era a maquilagem? Qual disfarce que fingiam os imbecis? Por favor, alguém me diz Até entre os amigos E a família, vê se pode Descobri um povo que é estranho assim Eu tenho minhas crenças Mas aceito quem discorde Só que toda paciência tem um fim Onde tava essa gente? Em que cova se enfiavam? Qual papel que simulavam em seus perfis? Encarnavam personagens? Qual que era a camuflagem? Com que véu que circulavam os zumbis? Das favelas aos Jardins! Como pode que essa turma do outro lado Pense isso e faça aquilo sobre essa e aquela coisa? Não enxergam o que é certo e errado E ainda vem com bate-boca Há-há! Há-há! Há-há! Só que hoje a pergunta que eu faço Não é disso e nem daquilo Me responde numa boa Existe mesmo uma verdade absoluta? Ou estamos todos loucos dentro de uma bolha? Todos loucos, cada um em sua bolha? Um tio esquisito Duas primas lá de Minas E um sujeito que frequenta o botequim Aquele tal carinha Que trabalha lá na firma E a mãe do coleguinha do Joaquim Onde tava essa galera? Eles são aqui da Terra? Ou brotaram das cavernas, dos covis? Qual cortina, qual a capa Que ocultava esta farsa? Qual fumaça que embaçava os dois Brasis? E enganava esse país? Como pode que essa turma do outro lado Pense isso e faça aquilo sobre essa e aquela coisa? Não enxergam o que é certo e errado E ainda vem com bate-boca Há-há! Há-há! Há-há! Só que hoje a pergunta que eu faço Não é disso e nem daquilo Me responde numa boa Existe mesmo uma verdade absoluta? Ou estamos todos loucos dentro de uma bolha? Todos loucos, cada um em sua bolha?