Pela ponte da beirada Onde bate a batucada Nos andaimes, nas falanges Nos knus restam mais nada Corre a pele na peneira Na panela e na caldeira Trafegando, traficando, tateando O auto eu Fast food ou pesque-pague Dejavu ou cheque-mate Se quiser falar mais alto Me derrame seus quilates Se quilombos fossem pernas E se pernas fossem ares O teu lombo a quilo quero Tudo a preço de banana Vide o rosto em porcelana Bem te vi lá na fronteira Com seus bustos de havana Love quem quer Não seja um zé mané Venha armado se quiser Que eu não vou dar no pé Meu São Jorge de espada em punho É a moeda que vale o seu punho Se beleza não pusesse mesa A feiura seria princesa Para desnudar de tudo Só virando surdo-mudo O meu samba é sem começo Sem amor, sem tropeço Mas com quantos paus se faz uma canoa Nesse corpo em que respira a minha alma E que nela bate o meu coração de carne Onde a pica grossa que eu possuo faz alarde Ah, meu bem Eu já não sei quem me quer ou quem Eu caí no mundo, eu saltei do trem Trazendo comigo um amor só meu Eu só trouxe aquilo o que Deus me deu e Love quem quer Não seja um zé mané Venha armado se quiser Que eu não vou dar no pé Eu digo, agora eu quero Love, love, quem quer Trate de pagar, qual é mané Eu não sou da tua ralé Eu sou o que há que é