Cabocla o que teus olhos tem Não sei meu bem não sei Cabocla tem algo mais também O que meu bem o que Tenho medo de dizer Não consigo entender o que eu vejo em teu olhar Não não não venha Você sempre se empenha Em dizer que meus olhos se lê Tudo o que envenena é o seu coração Não não não venha gastar nova cena Você se condena Não vale a pena fazer confusão Dá-me tua mão que a fábrica toca Que eu largo esta roga A loja me chama o feirante reclama E você nem me avisa Calce logo sua bota que mal lhe comporta E quando chega na porta já nem sabe onde pisa Você só quer ser caixa alta mas na calça faz folga Um metro de pano da sua camisa Lenço no bolso Tome sua gravata coloque no pescoço Desenrola essa manga vá vender o seu samba Você nunca se acanha Deitado na cama inventa façanha E ainda me estranha Cabocla Sendo assim eu me convenço Por que meu bem por que A pouco foi-se o meu argumento E então meu bem e então E então vou te dizer a razão se bem se ver Sempre dá para entender Eu sou capaz De tornar-me um bom rapaz Acredite se a fábrica abre Sua porta que cabe mais um cidadão Imagina logo de início no mesmo ofício o seu compromisso na minha função Dá-me tua mão Que a fábrica toca que a hora se esgota Não conte lorota de imaginação Um beijo na testa faremos a festa Que a vida ainda presta Contribuição Dá-me tua mão Que a fábrica toca que a hora se esgota Não conte lorota de imaginação Um beijo na testa faremos a festa Que a vida ainda presta Contribuição