Vagabundos excêntricos Castos lírios do jardim edênico Paladinos, levantadores de saia A mão do tempo não lhes preocupa Entornam o vinho da vida Sem temor, nem culpa Fiéis a musa! Anjos de alma rara Terror dos fisionomistas Luzentes pupilas transcendentalista Ulisses e Dantes, devoradores de horizontes! Piratas tocadores de guitarra Luizas e Alices que transam com as palavras Itinerantes, emissários e amantes Não tenham medo De bater forte demais em ninguém Não tenham medo De bater forte demais em ninguém Não tenham medo De bater forte demais em ninguém Não tenham medo De bater forte demais em ninguém em ninguém, em ninguém, em ninguém Avante, avante! Como manda a melodia Primeiro o direito, depois o esquerdo Os pés compassam a harmonia A pedra no caminho é trampolim Chegada desde de sempre Em frente, enfrente! Pois a tantos castelos E princesas e minetes e tesouros e delícias E delícias sem fim E delícias sem fim E delícias sem fim E delícias sem fim