Dentro do portão as horas passam como sempre E lá dentro fica a se encolher como num ventre Sempre a esperar que lhe deem a mão Sempre a se esconder de um mundo que não É do jeito que ele quer Já largou seu sonho pendurado na parede Fica a remoer sempre distante do presente Longe a esperar uma salvação Desde que não seja vinda de suas próprias mãos Porque não crê em si