Desculpe estou um pouco atrasado Mas espero que ainda dê tempo De ficar a sós e encontrar a paz Se eu quiser falar com Deus! Mas enquanto engoma a calça eu vou lhe contar Uma história bem curtinha fácil de cantar -Eles são muitos, mas não podem voar! E eu sou a luz das estrelas, eu sou a cor do luar E tenho um sonho todo azul, azul da cor do mar Se um veleiro repousasse na palma da minha mão Sopraria com sentimento e deixaria seguir sempre Rumo ao meu coração Caminhando e cantando e seguindo a canção Até a estrada de terra na boléia de caminhão Na pedra de turmalina e no terreiro da usina eu me criei Sabia que tu virias numa manhã de domingo E, nos sinos das catedrais, o meu amor, anunciei Eu só queria ter do mato um gosto de framboesa Pra correr entre os canteiros e esconder minha tristeza E além das coisas novas que também são boas O amor, o humor das praças, cheias de pessoas Eu também quero uma casa no campo Onde eu possa compor muitos rocks rurais E onde eu possa plantar meus amigos Meus discos e livros e nada mais Porque o meu sangue é latino E o meu pulso ainda pulsa Porque a tua piscina tá cheia de ratos E assim caminha a humanidade E porque, às vezes, no silêncio da noite Eu fico imaginando nós dois E alguma coisa acontece no meu coração Deixe-me cantar a beleza de ser um eterno aprendiz Pois sonhos não envelhecem no lindo lago do amor E nessa terra de gigantes somos quem podemos ser Deixe eu dizer que te amo, deixe eu gostar de você E se isso for algum defeito, por mim, tudo bem Porque metade de mim é amor e a outra metade Também!