Era primeiro de abril Garoava e fazia frio E eu, ardendo em febre Sofrendo com calafrios Pode ter sido delírio Ou pura imaginação Mas, de repente, senti Uma forte inspiração Era uma voz que dizia Escreva uma nova canção Sem nenhum instrumento Nem mesmo um violão! Parece até que é mentira Mas não é mentira não A voz me soprava um rock Junto com reggae e baião Num quarto quase escuro Peguei papel e caneta E num texto quase absurdo Falei de Deus e o capeta E falei de coisas distintas Dentro de um mesmo planeta De loucos que fabricam bombas E da metamorfose da borboleta E numa mistura de rock Junto com reggae e baião Num gesto de obediência Escrevi uma nova canção Sei que parece mentira Por ser primeiro de abril Mas, isso tudo é verdade Desde a garoa e o frio