Eu não quero ser, lágrimas nos seus olhos Eu não quero ser, um pesadelo nos seus sonhos Eu não quero ser, mais um cupido apaixonado Eu não quero ser, uma mentira na verdade Eu não quero ser, uma agulha na sua pele Eu não quero ser, o atrito em seus dentes Eu não quero ser, uma chuva passageira Eu não quero ser, um sonho que se acaba E se vai não volta mais Das suas preces, eu quero ser o seu nome Do espelho, eu quero ser os seus olhos Do seu sangue, eu quero ser o seu leito De sua boca, eu quero ser o seu sorriso E se você for um rio, eu quero ser a margem Ser tocado ao frio e aos vendavais Ha tanto tempo, entendo que sou a terra Que espera que seu corpo se estenda sobre o meu Se pareco noturno e imperfeito Olhai-me de novo, pois olhei a mim mesmo Como se você olhasse para mim E seria como se fosse sede