A cidade não me deixa respirar A cidade não me deixa respirar Por mais que eu persista, não vai parar A rua está vazia E o seu cheiro a dissipar As feridas E a carne enrijecida Com o tempo a mastigar E a labuta na matina Nos seus trilhos também correm trens E os seus filhos também serão reféns Das mudanças e andanças O concreto preenche a vista Faz do carmo mais um lar Tantas vidas esquecidas Na coral ou na safira Com o tempo a calcular E eu confesso, eu espero Nos seus trilhos também correm trens E os seus filhos também serão reféns Das mudanças e andanças