Cálido e delicado, cada dedo aponta o que escreveu Tantas chamas chamam oxigênio, o mundo em chamas chama Deus Toda essa luz Brilha qual jamais Correm os carros, os córregos, tórridos olhos Pés se apóiam em chãos e mãos em corrimãos Desaba o céu Abrigos se evacuam Uns pisam sobre outros Buscam a saída Buscam o ladrão Anjos têm correntes e uivam, gnomos loucos rezam pela luz Um vulcão explode insone, lava toda a mácula dos vãos Corpos no chão Corpos sem caixão Pernas pro ar Pés e calcanhar Tremem no ar, pendões Treme em mim, o Sol Treme na vela, a luz Sorvendo gulosamente a esfera em chamas Ouvem-se ocas, metálicas vozes do eu Sempre afinal Une-se céu e terra Dando real sentido A todas as coisas A todos os seres Quando enfim, o pó Nasce enfim a noite Outras tantas nascem Compreendo o Sol