no quarto alugado os olhos assustados finando num vácuo a espera nervosa dos braços a fissura de uma altura que incendeie ainda sonda os corredores da tua sede depois dos shows sei das altas solidões sei do pesadelo que se exila nas confissões venha comigo mademoiselle cocaína acaricia narinas venha comigo entre jogos de sombra das noites felinas vamos voltar ao seu buraco as horas não passam, os lençois de farpam e você chora sozinho e sujo navalhas cegas se oferecem à tentação dos seus pulsos peça logo uma vaga, aos seus ídolos estúpidos o espetáculo só dura 15 minutos venha comigo a culpa afugenta os cães do cio? venha comigo com o corpo nu sujo de vazios o limite apressa os seus presságios na redenção de mais um otário tão especial quanto um fósforo queimado a garrafa está vazia soando os sinos da agonia e a latrina da à alma as boas vindas