A Mangueira já vem brotando A comunidade é raiz E na ancestralidade além-mar Seriam Deuses aquele astronauta feliz Chegaram aos limites do Nilão Vindo pelo Negro Rio guardião Até os povos egípcios tupiniquins Aqui nasceu mangueira como a lenda dos Navís Por entre árvores Brasileiras Um povo se organizava e sofria Se antes gritos em dor pelos anis Dessa vez civilizações na Sapucaí a sorrir A força trabalhadora de gerações De Gizé ao litoral se transcendeu Fez aqui nascente em terra de opressor E lá até um deserto futurando floresceu Paradinha Eram Riquezas de lá, pirâmides a revelar Genética de força servindo aos Reis De lá se foi servidão, daqui era escravidão Enredo Ramsés a Dom João Por aqui desaguou várzeas florais Do pé a fruta da história rotineira Aquela que com leite não misturava Digo qual o nome? Era a manga da mangueira Clamavam encantos orixás Pedindo a força de aguentar Silenciosas noites açoitais No corpo dos que construíram como iguais Um País Paradinha São ouros e reis bem de lá Belezas e políticos se vê cá Em todas um Império a se aprontar Com Mil noites e mais uma a brilhar Um faraó de dois desertos Um da seca moral outro da abundância desigual Hoje o apoteótico é popular É hora de abrir o Carnaval Alah Alah Egito Rei Oxente Obá pra cá meu Rei Contraste de pobreza e riqueza Nesse Rio a cultura resiste em natureza Viemos por águas que regaram raízes de dores e emoção Viva Mangueira, as Nossas Floras, cultivem em Rios de alegria