Recordar-te de Acapulco, daquelas noites Maria Bonita, Maria, querida Da praia deserta e escura, toda brancura Era uma estrela do céu caída Teu corpo que o mar beijava Lançando as ondas Para alcançá-lo, não o alcançava Confesso que ao contemplá-lo Confesso com sentimento Meu pensamento, ai! Me atraiçoava Eu disse muitas palavras Dessas que a gente diz docemente dos seus anseios Eu digo que me entendesses, que convertesses Em realidade meus devaneios A lua que nos olhava Foi se escondendo discretamente na noite calma Eu reconhecidamente cheguei-me para beijar-te E em beijos dar-te, ah! Toda minh’alma Amor, sei que tivestes muitos amores Maria Bonita, Maria, querida Porém nenhum tão honrado, tão brando Como o que eu juro por minha vida Te trago cheio de flores para oferta-te Para adorar-te de alma ajoelhada Recebe-o emocionada E jurar-me que não mentes Porque te sentes idolatrada