Curió contou-me um dia Que essa dor que me doía Era coisa do coração Que eu devia me cuidar Que ela podia se alastrar Grudar e não largar mais não Eu estranhava essa doença, rezava Mas minha crença estremeceu que nem trovão Cantei, como diz o ditado Quem canta os males espanta Botei fé na minha Santa E fiz jejum pra ficar são A reza nada adiantou Mandei então chamar dotô De modo a me vir curar Dotô disse que eu nada tinha Mandou comer mais farinha Só pra ter o que receitar Pois minha saúde era de ferro E de tanto que havia Eu até podia dar De repente entendi E nem tava sonhando Quando abri a porta E vi lá fora caminhando Ana Lúcia tão bonita Mexendo na minha dor Pois a doença que eu sentia Que só Curió sabia Era amor