Senti no peito bater forte uma saudade Feito um menino eu me pus a relembrar Lá bem distante, bem no fundo da memória Um belo filme em minha mente vi passar Lembrei de tudo, a colheita com fartura Da passarada revoando pelo ar Lá na estrada o cocão cantando triste Juntas de bois o velho carro a puxar Lembrei dos tempos de menino lá na roça Meu pai no engenho, rapaduras por fazer Quanta saudade, mamãezinha no alpendre Contemplando a roseira a florescer Meu pé de ipê que ainda hoje lá existe O guardião de nossa história tão querida Foi confidente dos momentos mais sublimes Foi o amigo mais fiel em nossas vidas Lá no seu tronco estão gravados nossos nomes Nossos encontros escondidos que saudade! Do beijo doce que eu ganhava de você Na sombra fresca do querido pé de ipê