Um velho franzino num bairro grã-fino de uma cidade Com as mãos feridas pedia comida estampando humildade Era Natal dia universal da fraternidade Não teve um cristão que desse um pão nem por piedade E o pobre homem já com muita fome no final do dia Vendo o povo na ceia de barriga cheia mas de alma vazia O velho coitado decepcionado com tudo que via Sentiu que o povo na cruz de novo Jesus pregaria E o velho sem graça num banco da praça em prantos caiu O Nosso Senhor falou de amor e ninguém ouviu Os Dez Mandamentos e os ensinamentos não há quem seguiu E no Monte Sinai porque o meu Pai novamente pediu Meu aniversário se faz necessário fui rei dos judeus Morri na verdade pela humanidade e os pecados seus Fui de lar em lar tentando avisar a todos os ateus Que já estou de volta abra sua porta pro Filho de Deus