Como é que eu faço pra beijar a sua boca? Não me torture assim Pois eu sei que você também quer Me mastiga devagar Não tem pressa pra acabar Apaga a luz e acende o teu sexto sentido E eu vou virando chuva No teu paladar Me ordena, não me peça Os meus quadris vão responder a sua altura As tuas mãos acariciam Todo o meu corpo Vão amassando os lençóis Para não deixar escapar O rugido que implora Pra sair da minha garganta Pela terceira vez eu me desfaço E a minha fome vai vencendo o meu cansaço Entra e sai de mim até alcançar o ponto exato Sirva-se e enfim Faça eu lembrar porque a luxúria É meu pecado capital Quero sentir o teu suor escorrer sobre mim E liberar o nosso cheiro Por toda essa casa A tua cama já não basta Eu quero visitar a cozinha e a sala Obscenamente, é envolvente Sente, é quente A tua boca passeando em mim Me devora, implora, sem hora E faça eu imergir, no que sai de ti Se ajoelha em posição de devoção Coma do fruto proibido e não peça perdão Já não me dou ao luxo de cansar Me destrói antes do fim do dia