Vai, curumin, lá no mato Vai lá buscar miriti Corta pedaços bem secos Tira sua tala pra mim Traz a faquinha afiada Linha de pesca e formão Lixa da fina e sovela Larga a preguiça, João Diz pra Mundica que faça Nossa criança dormir Pegue na tinta e me traga Pra me ajudar a colorir O Cìrio de Nazáré vem Vem, antes da Conceição Corre, Mundica, e me ajude Mas não me deixe na mão Do artesão nasceram aves De sua mão para voar Nasce a cobra se mexendo, assim E casais, só pra dançar Olha o pato, no paneiro E as girandas pelo ar Soca-soca esta pilando assim As barquinhas não tem mar Quem diria que o sonho brotou da mão Que é de sonhos a casa de um artesão Quem diria que anjo desceu ao chão Quem diria que o anjo virou artesão