Cara, assim tem falar Eu por mim nunca mais olhava na tua cara Na moral, tô muito puta, Bruno Vai se foder, sabe Qual é o seu problema? É você, é o sono, minha dor de dente É perder o horário, é o meu gerente É o café na minha mão que não tá mais quente É a falta de opção pra escolher o presidente É a preguiça, o tesão, o aluguel atrasado É a caixa de areia suja do meu gato É meu isqueiro que algum rato deve ter roubado É meu fone que parou de funcionar de um lado É o espelho, a feiúra e a beleza É a janela que ficou aberta e aluz ascesa É a vida, é a morte, a incerteza É meu vô envelhecendo naquela mesa É o bem é o mal, é se sentir burro É a cozinha e a pia cheia de copo sujo É esse beck vagabundo com cheiro de amônia E é esse beck vagabundo que me tira a insônia Todo dia eu me vejo num dilema É problema atrás de problema Todos eles eu transformo em poema É problema atrás de problema Todo dia eu me vejo num dilema É problema atrás de problema Todos eles eu transformo em poema É problema atrás de problema É o dia que eu acordo sem querer É a mentira na tela eu não quero ler É o próprio direito a ler que nem todos vão ter É esse filme ruim que eu vi e já quero esquecer É minha ex assistindo meu stories É esse bonde que não chegou nunca mais É minha conta no banco, eu tô duro e de pau mole E é tanto problema que tanto faz Todo dia eu me vejo num dilema É problema atrás de problema Todos eles eu transformo em poema É problema atrás de problema Todo dia eu me vejo num dilema É problema atrás de problema Todos eles eu transformo em poema É problema atrás de problema