Trago no peito as marcas Dessas antigas paixões Do povo que vem de luta Desafiando o poder Caboclos inquietos Formando ricos cordões Orientados sempre Pelo ancestral saber Coronel não deixa viver Tem povo por animal Mas esse povo é de luta E o coco vai quebrar Porque sempre junto deles Tem esse certo Vital Matuto que nem sob ameaça vai parar Ei seu dotô, ocê é igual mais eu A nossa luta é conjunta pros home nós derrotar Juntando as forças porque tudo que nóis quer É ver o sabiá livre, pra voar e pra cantar Cata coco pula cerca Tira óleo de amêndoa Cuidado com o boi que vem De longe nos avançar Quebradeira não se assusta Mas o coração avoa É o latifúndio menina Querendo nos castigar O jagunço se vende por pouco Fazendeiro taca fogo O arraial tem forte povo Que não vai se entregar Porque sempre junto deles Tem esse certo Vital Matuto que nem sob ameaça vai parar É ver o sabiá livre, pra voar e pra cantar