De peruca ray-ban e gravata cheguei na calçada do Zé Bezerra bar, é... Tô sabendo já que a passarada acordou pros "xêxo" que eu apliquei por lá, jazz... E na surdina surrupiei a mesa, o copo, a cerva a gata do panguã quem foi que te mandou mijar? Saiu, perdeu, papai sentou e na sequência bar ganhou raspei pela esquina, contornei virei um burrinho no bar Um drible no Carlão pedi um samba de Noel e na mesinha engabelei pastel churrasco engasgasgou um gole da gelada dois e três desentalou De gravata ray-ban e peruca chegou na mutuca e logo a patota viu, "Manéo" Caloteiro liso de primeira chega tropeçando Barruada gá-gá, vixe! Sentou com traveco e entornou quase caiu nem viu que o copo era um cinzeiro e no beijo havia pêlo levantou, pousou no bar e se queixou cochilar tragou o querosene da cuíca numa doze de lascar Jorrou fogo das "venta" batizou de cheiro o bar passou a mão, se sacudiu com as espinhas do cará um litro de água quente deram pra ele melhorar O samba não morrera, hein? Subúrbio socorreu, meu bem um velho enfermo que a burguesia se esqueceu Quem anda lá sabe que o canto encanta a alma do bar que esconde contos que acabei de contar.