(Que? Po, tô cheio de ódio) (Vem, po, quer trocar?) (Larga mão, larga mão, foda-se) (Nunca, nunca, nunca te amei) Cê' quer vencer com esse mau gosto Pra ter status, com posto Pra falar mal de imposto Defender cada encosto Me desculpa, eu não gosto Por favor, não olha o meu rosto O que cê' fala, pra mim, é o resto Sua arte não é manifesto, não serve nem pra tira-gosto Aliena mais que informa, isso eu detesto Porque nem tudo é festa, tem também fundo do poço Talvez eu nunca possa, não sair da fossa é osso Cada cigarro é uma corda no pescoço Respeita o moço Só sai da caverna quem acorda Então bem-vindo a bordo Eu não assinei qualquer acordo Então me diz, por que que eu não acordo? Não sei, fi Como é que eu ainda aguento, fi É como andar com vento frio No relento, é lento aqui Obscuro e tenebroso É que viver é doloroso Mas tudo fica bom se nós tem nós aqui Vai, forjadão na rataria Eu suporto a burguesia, mas não sei por quanto tempo Se a vida tá uma porcaria, então pausa a bateria E me sinta aqui rimando nesse sample Forjadão na rataria, vividão de poesia Se eu tenho dinheiro, não tenho tempo E minha vida vai passando até algum dia Que eu vire poesia, po, o corpo é nosso templo Então tá Te falar que às vezes não tá Até queria tá patrão, mas não dá Mas a minha liberdade cês' não vão tirar, cês' não vão tirar, não Se o mundo é o cão, eu sou gato do telhado do vizinho Da rolé de madrugada e toda noite tem seresta Cês' não curte o povo da floresta Transforma a floresta em fumaça Enquanto o Baco quebra a taça, eu quebro o protocolo All eyes on me, vocês com torcicolo Quer aprender vencer? Não faz curso com esse povo Não ouve alguém do Novo, escute uma mãe solo (que tistreza) Mauricinho de sapatênis, gola polo Se deixar, esfola o povo, fica rico e ganha voto Professor que só se fode o tempo todo É colocado contra o povo e não aparece nem na foto E você com medo de perder o emprego Vai mostrar até o rego porque as contas vão chegar Estudou e trabalhou na madrugada Tem diploma até em Nárnia (foda-se), mas não vai ganhar 1/5 do Neymar Então tá Te falar que às vezes não tá Até queria tá patrão, mas não dá Mas a minha liberdade, cês' não vão tirar, cês' não vão tirar, não No país que censura jornalista, imagina artista Nomes riscados da lista Na entrevista: Nossa, vista grossa Finge que se interessa nessa pauta Enquanto nós na falta, na fossa A vida tá carroça e eu Queria tá patrão, mas não dá Mas a minha liberdade, cês' não vão tirar, cês' não vão tirar, não (Foda-se, nunca te amei)