Será que sou eu que tô devagar Ou o bonde tá tunado demais? Os lábios da morte rodando o rolê Se pá que eu tô mesmo a divagar A novidade dura muito menos que lança Mas a onda é barata, é quente O Sísifo dos morros não digere um just do it A escola de Frankfurt vai direto pra mente São tantos enlatados pelas prateleiras E o precipício te encara no espelho Do banheiro do bailão São tantos enlatados pelas prateleiras E o amor líquido é aquela imitação Mais acessível de uma catuaba selvagem Será que sou eu que tô devagar? Essa canção já tá datada antes de lançar Os lábios do ócio rodando o rolê Se pá que é impreciso navegar Cheirando tempero e comendo cru O bonde não pode esperar A juventude anos dez em poucos frames de um gif O bonde tá tunado demais São tantos enlatados pelas prateleiras E o precipício te encara no espelho Do banheiro do bailão São tantos enlatados pelas prateleiras E o amor líquido é aquela imitação Mais acessível de uma catuaba selvagem Entre excessos e ausências O grave dá a largada A construção coletiva da noite É a negação comedida do nada Entre ausências e excessos O grave dá a largada O fundo do poço está intrinsecamente ligado ao fundo do copo São tantos enlatados pelas prateleiras