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Conheça a anatomia da guitarra elétrica

Veja nosso guia com todas as partes da guitarra e suas funções!

Você já parou para pensar que o instrumento é uma junção de várias partes, cada uma com a sua finalidade? Se não, hoje vamos te apresentar a anatomia da guitarra elétrica!

Vamos apresentar cada componente das guitarras elétricas para você entender como esse instrumento tão desejado funciona. Vem com a gente!

Anatomia da guitarra elétrica: conheça 15 componentes e suas funções

Para aprender sobre a anatomia da guitarra elétrica, precisamos conhecer a sua parte física.

De forma resumida, temos o corpo, o braço, as cordas, captadores, ponte e knobes, como mostra a imagem abaixo:

Arte explicando algumas partes da guitarra
Reprodução: Cifra Club

Para entender melhor, separamos os principais componentes e suas respectivas funções para você entender de vez o sistema da guitarra. Vamos lá?

1. Corpo

Para muitos, essa é a parte principal da guitarra, geralmente feita de madeira.

Os instrumentos musicais feitos com uma peça única costumam ser mais caros, enquanto os que possuem mais de uma peça têm um preço mais acessível.

Há três principais tipos de corpo: sólido, semiacústico e acústico.

O primeiro, como sugere o nome, é feito de madeira maciça; o segundo possui um bloco central sólido, com as extremidades ocas; já o último é totalmente oco, quase como um violão.

Algumas madeiras comuns para corpos de guitarra são alder, ash, mogno, nato, basswood, maple, cedro e marupá. Há ainda modelos com materiais menos usuais, incluindo acrílico e fibras sintéticas.

É no corpo que são instaladas peças como a ponte, o jack, os captadores, os knobs, os escudos e as chaves seletoras.

Além disso, o formato do corpo é uma das principais marcas registradas dos modelos clássicos de guitarra.

2. Braço e escala

Conectada ao corpo, é a peça que as cordas percorrem. A parte da frente do braço é a escala, que possui os trastes fixados. Dentro dela, há o tensor, uma haste metálica que regula a inclinação do braço.

Os braços das principais marcas de guitarra são feitos de mogno ou maple, enquanto as escalas mais tradicionais são de maple, rosewood e ébano. Contudo, os fabricantes atuais usam vários outros materiais.

O braço pode ter diferentes tipos de conexão ao corpo, como parafusado, colado ou em peça única (neck-through ou inteiriço). Cada um gera um resultado sonoro distinto, afetando também o sustain das notas.

Conforme o método de construção da guitarra, a escala pode ter diferentes comprimentos. Isso afeta a tocabilidade, deixando as cordas mais ou menos tensas.

Ao mesmo tempo, as escalas possuem variadas curvaturas: quanto mais reta, mais fácil a aplicação de técnicas avançadas.

3. Marcadores de posição

São os pontos no braço que ajudam o músico a encontrar as casas 3, 5, 7 e 9.

A 12ª casa tem dois pontos, já que ao pressioná-la, a nota encontrada estará exatamente uma oitava acima da corda solta

4. Headstock

Também chamada de mão da guitarra, essa peça se encontra no fim do braço e sustenta as tarraxas, com formato característico para cada modelo.

Alguns modelos, como a Gibson Les Paul, têm o headstock angulado em relação ao braço. Outras, como a Fender Stratocaster, não têm a mão inclinada.

5. Tarraxas

As tarraxas são as peças que giramos para apertar ou soltar a tensão das cordas da guitarra quando estamos afinando o instrumento.

As totalmente blindadas têm o mecanismo fechado, não sofrendo com a entrada de pó e sujeira.

Há também tarraxas com travas, que são normalmente mais práticas e estáveis.

6. Pestana

Também conhecida como nut, é a pecinha que fica entre a escala e o headstock.

Esse componente serve como apoio das cordas, além de as direcionar na posição correta.

A pestana pode ser feita de vários materiais: osso, plástico, derivados de grafite, latão, etc.

O nut precisa ser bem regulado para um bom desempenho, pois pode causar problemas de afinação, entonação e conforto, caso seja mal cortado ou colocado na altura incorreta.

7. Trastes e casas

Os trastes são filetes de metal que separam as casas. Cada uma delas corresponde a um semitom.

Eles também podem ser feitos a partir de materiais diferentes, como níquel-prata, inox, alpaca, bronze e latão.

Há vários tipos de trastes, cada um com sua própria altura e largura. Geralmente, trastes maiores facilitam a execução, pois exigem menos força dos dedos.

No entanto, podem gerar problemas de afinação se as cordas forem apertadas de maneira muito forte.

Há guitarra com diferentes números de trastes e casas, variando normalmente entre 21 e 24.

8. Captadores

São os dispositivos que captam as vibrações mecânicas geradas pelas cordas da guitarra e as convertem em sinais elétricos.

Os captadores costumam apresentar polos individuais, feitos de ímã, como o alnico e o cerâmico.

Geralmente, são passivos, mas há também modelos ativos, com um pré-amplificador, e necessitam de alimentação própria para funcionar.

Fender Stratocaster com três captadores (um humbucker e dois single-coils)
Reprodução: Fender

Os principais tipos de captadores de guitarra são: single-coil, humbucker, P-90, stacked e mini-humbuckers. Cada um com a sua peculiaridade sonora.

  • Single-coil: também chamado de captador simples, pois apresenta só uma bobina. Tem um timbre brilhante e estalado, além de possuir ruído natural. Cai bem para sons limpos e com pouca saturação.
  • Humbucker: são os captadores duplos, com duas bobinas. Apresenta sonoridade cheia e encorpada, além de maior saída. Cai bem com o uso de distorção, podendo gerar um som pesado para estilos mais agressivos. Não tem ruído natural.
  • P-90: um single-coil com construção diferente, gerando um de timbre com mais atitude e corpo. Na prática, seu som seria um meio-termo entre um captador simples e um duplo. Apresenta ruído natural.
  • Stacked: são visualmente bem parecidos com os singles, mas têm duas bobinas empilhadas para eliminar o ruído natural dos simples.
  • Mini-humbuckers: são captadores duplos em formato de single-coil. Podem ser colocados no lugar de captadores simples sem precisar modificar o instrumento.

9. Chave seletora

A maioria das guitarras elétricas contém mais do que um captador, sendo a chave seletora responsável pela escolha de qual captador será usado.

Assim, captadores instalados perto do braço têm o timbre mais grave do que os que ficam perto da ponte.

10. Jack

É a entrada de cabo, a peça que conecta o cabo que liga a guitarra ao amplificador.

11. Pino da correia

Peça de encaixe da correia da guitarra, possibilitando tocar em pé ou de maneira mais confortável.

12. Ponte

É a extremidade onde as cordas são presas, que podem ser fixas ou móveis.

A ponte móvel costuma vir com uma alavanca que, quando acionada, afrouxa ou estica as cordas, gerando um efeito sonoro bastante característico.

13. Knob e potenciômetro

Os knobs são os botões da guitarra que podem ser de plástico, metal ou madeira.

Eles cobrem os potenciômetros, responsáveis por controlar o volume e a tonalidade dos captadores de uma guitarra elétrica.

14. Escudo

Presente em vários modelos de guitarras elétricas, esse componente protege a pintura do instrumento das marcas de palheta, além de segurar todas as peças eletrônicas no corpo do instrumento.

15. Cordas

As cordas podem ser feitas de vários materiais, com diferentes tipos de construção, e calibres variados.

Cordas mais grossas tendem a ter um sinal mais cheio, porém são mais duras para tocar.

A maioria das guitarras possui 6 cordas. Contudo, existem modelos com número maior, como os de 7 ou 8 cordas. Há até guitarras com 12 cordas!

A regulagem de ação das cordas é primordial para o conforto do músico: cordas mais baixas ficam menos tensas; por outro lado, não geram a mesma ressonância e sonoridade de cordas mais altas.

Em alguns casos, causam trastejamento. Por isso, encontrar o equilíbrio é importante.

Vale destacar que o cuidado com as cordas é importante para uma boa performance na guitarra.

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Fernando Paul

Jornalista musical, com mais de 10 anos de experiência na área. Toca guitarra, violão e baixo, além de estudar mixagem de áudio. Já acompanhou cantores, tocou em casamentos e integrou bandas de rock e grupos de louvor. Escreve para o Cifra Club desde novembro de 2021.

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