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O que são dobras de guitarra? 6 dicas para aprender a tocar

Separamos tudo o que você precisa saber para começar a fazer dobras de guitarra!

As dobras de guitarra acontecem quando duas ou três guitarras estão tocando juntas. Mas você sabe como fazer essas dobras?

Quem está aprendendo a tocar guitarra e curte rock precisa entender os diferentes raciocínios por trás dessa técnica de arranjo. Bora lá!

Como fazer dobras de guitarra? Tudo o que você precisa saber para aprender agora

Existem diversas possibilidades de se fazer dobras de guitarra. Tocar uma mesma linha melódica em paralelo, geralmente em terças, é a mais comum, mas não é uma regra única.

Também é possível fazer duetos tocando frases diferentes uma da outra. Além disso, podemos usar outros intervalos, como quintas e oitavas.

Portanto, o primeiro conhecimento que precisamos para saber como fazer dobras de guitarra é sobre intervalos. Vem com a gente!

1. Intervalos

Intervalo é a distância entre as notas de uma escala. Vamos pegar como exemplo a escala de Dó maior.

DÓ  RÉ  MI  FÁ  SOL  LÁ  SI  DÓ

Os intervalos estão acima ou abaixo em relação à nota fundamental da escala, sua nota inicial.

Um intervalo acima é quando uma das guitarras está tocando uma frase em uma região mais aguda do que a outra que, por sua vez, está tocando na fundamental.

Por exemplo, a nota Ré é a segunda acima em relação a fundamental Dó. Já a nota Mi é a terça acima em relação ao Dó, e assim por diante.

Quando uma guitarra executa uma melodia cuja nota inicial é o Dó e a outra toca a mesma melodia começando pelo Mi, temos uma dobra de guitarra em terça acima.

Por outro lado, quando uma das guitarras toca uma frase em uma região mais grave do que a que está na fundamental, temos um intervalo abaixo.

2. Tocando em terças

Agora que a noção de intervalos está clara, vamos ver alguns exemplos de dobras de guitarra em terças.

O solo de guitarra de Detroit Rock City, do Kiss, começa com uma das guitarras tocando uma linha melódica na fundamental.

Quando essa melodia é repetida pela segunda vez, entra outra guitarra em uma terça acima.

O inesquecível arpejo no final do solo de Hotel California tem uma das guitarras tocando em uma terça abaixo.

3. Frases oitavadas

Como já dissemos, as dobras de guitarra vão muito além dos intervalos de terça. Um dos exemplos é a música Layla, de Eric Clapton.

Primeiro, uma das guitarras começa tocando uma parte do riff principal da música e a outra parte termina com power chords, como se voltasse ao acompanhamento.

Um pouco depois, entra a segunda guitarra que toca o riff inteiro, uma oitava acima. Portanto, a parte do riff que elas tocam juntas está oitavada.

Esse é um ponto importante sobre dobras de guitarra: não é necessário que os dois instrumentos sempre toquem a frase inteira juntos; apenas os pontos mais fortes dela podem ser realçados.

Por isso, é legal pensarmos em dobra de guitarra como uma excelente técnica de arranjo que serve para enriquecer uma música.

4. Dobras mistas

Além de permitir o embelezamento de um trecho da melodia, as dobras de guitarra não precisam ser engessadas em usar somente terça ou oitava.

Elas podem utilizar diferentes intervalos em uma mesma melodia. Como exemplo, temos o solo de Highway Star, do Deep Purple.

Nela, a guitarra que faz as dobras começa o solo tocando na terça acima. Contudo, não toca a mesma frase melódica que a outra guitarra, criando uma sonoridade muito rica. Em outros trechos, porém, ela dobra a melodia sem fazer alterações.

Existem trechos em que as duas guitarras tocam em uníssono, exatamente nas mesmas casas.

Repare que um bom conhecimento de intervalos com a dose certa de criatividade, as dobras de guitarra podem transformar uma música em uma obra-prima.

5. Melodias diferentes

Até aqui, vimos músicas com melodias que seguem o mesmo padrão rítmico: uma das guitarras alternou levemente as notas do solo, mas seu ritmo foi igual para ambas.

No entanto, existem dobras onde as guitarras tocam melodias completamente diferentes uma da outra.

Esse é o caso do solo de Free Bird, do Lynyrd Skynyrd, por exemplo.

Ela apresenta um lick inicial que, no meio da música, vira um tema. Depois, se transforma em uma espécie de base para outra guitarra solar por cima.

As duas guitarras estão tocando melodias totalmente distintas ao mesmo tempo, criando um clima dramático e caótico para a música. 

Porém, isso não é um recurso exclusivo dos solos de guitarra, sendo usado em cânones da Idade Média e obras do período Renascentista.

6. Usando as quintas

Além dos intervalos de terças e oitavas, podemos usar os intervalos de quinta também. Um bom exemplo disso é a música The Trooper, do Iron Maiden.

No riff inicial, as guitarras tocam no intervalo de terça. Porém, no segundo riff, a guitarra principal continua tocando na fundamental, mudando para a região do braço onde a segunda guitarra estava tocando, em uma terça acima. 

Por sua vez, essa guitarra passa a tocar na região onde a principal estava tocando no primeiro riff, mas agora em uma quinta abaixo.

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Carlos de Oliveira

Redator Web com especialização em SEO e escrita para blogs e redes sociais. Estrategista de conteúdo. Músico, compositor e colecionador de LPs, CDs e DVDs. Toca guitarra, violão, baixo, teclado, piano e bateria. Escreve para o Cifra Club desde abril de 2022.

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