Era uma vez um velho índio, Guerreiro forte, feito do chão. Era cacique daquela Tribo, Amava a terra como ninguém mais amou. A sua gente era feliz. Unidos acreditavam nele. Outra mais forte só o Topá Que vem do alto soar na terra. Terras daqui, Maxakali! Quem diz? Um dia Jequitinhonha já foi. Branco do boi tirou de lá. E foi a terra e foram vidas ao chão, Foi muito sangue virar capim pra boi comer. E foi assim que veio a dor. Cada morada, canhões tomavam pra alguém. Até que viram Umburana, Rio Pradinho e Água Boa. Chão Xangrilá, Mikay-kaká. "Meu pai contou pra mim, eu vou contar para o meu filho. Quando eu morrer, ele conta para o filho dele. É assim. Ninguém esquece." Mesmo encontrando aquela terra de até Perseguição não acabou: Queimou a mata, tirou o peixe do rio E ainda lhe chama ladrão, mas tudo é seu. Pois ele é terra, ele é do chão. Sua razão um dia vence. Morreu Cacique, ficou Topá Olhando os poucos que ainda restam.. Glórias pra ti, Maxakali.