Vaneirão Esta minha gaita velha, que carrego, de botão Tem só trinta e cinco furos e alguns talhos de facão Cada vez que eu toco nela enche de gente o salão. Vou logo puxando o fole da minha velha gaitinha Vem gente de todo lado, todo mundo admira Coração apaixonado, neste momento suspira. Quando eu abro esta cordeona chega ficar meia torta No compasso da vaneira tem muita gente que nota Faço esta rapaziada perder o taco da bota. Vou dar minha despedida, escute o que eu digo agora A sala ficou marcada do tirrim da minha espora Se despede de vocês, a gaúcha vai embora, Se Deus quiser algun dia, voltarei a qualquer hora.