Sou uma lenda que surgiu lá na fronteira Gaiteiro loque que nasceu para tocar Surungo quente é quando eu toco uma vaneira E boto até mala de louco chacoalhar Quando a moçada eletrizo eu não paro Poeira sobe e eu não paro de tocar Tá todo mundo se acabando nesse embalo E no balanço que convido pra dançar E o baile só fica bom, se a prenda for pra dançar No embalo de um forrozão, sem medo de rebolar Esse corpinho suado me mata só de lembrar Ai é que me acabo e faço a acordiona chorar