Deixa cair tuas lágrimas
na divina palidez que teu rosto guarda
deixe-as cair, que tuas lágrimas ao tocarem
o chão, as flores deste lugar serão

Eu as cultivarei no solo
da minha casa e todas as rosas
terão teu nome, e se fores tu chorar
saberás onde

Por vezes ao amanhecer
voando ainda diante do sol
estão os morcegos
adormecidos em teus medos

Esquecendo túmulos empoeirados
sobre a mesa da cozinha
meditando outras bailarinas
que risonhas permanecem na tua melancolia

Estás vestida para o baile
principalmente aos monges que
pintavam paisagens a óleo em tua face

Guardando luas em teus olhos
guardando religiosos à beira do rio
e os armários rangendo portas ao por do sol
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