Eu tento compor minha música Fazer o meu trabalho, estar na pelo dos loucos Onde a inveja dos outros, hipócrita e cínica Maneja o freio conforme o cavalo Mas só quem charla com a alma Merece o batismo de alguma milonga Cutucando a palavra Seguindo a estrada do seu coração Vivo o que escrevo, sensitivo de mim O tiro do instrumento o bom da coisa ruim E creio que vale a pena Lavar a erva do chimarrão /Gosto de usar a paisagem mapear as imagens num fundo de campo Gosto da tropa de cria, chamando a poesia pra perto do rancho Gosto da prosa sem lado pescando dourado no Rio Uruguai Das crinas do salso, roçando no braço do meu violão/ (Ah milonga, milonga, milonga, milonga palavra dos meus peçuelos Contigo o tempo não tem segredos, por onde eu for)