Corre que corre que corre na batida de um coração A esperança de um povo triste ouvindo o trovão Vem a fé Se Deus quiser Vem o vento da maré Trazer chuva É o que a gente quer Cada gota que molha um caroço de milho, feijão É sinal de sustento do povo lá do meu sertão Quando será que vai chover? Quando será que vamos ver O povo alegre sem ter medo de viver? Do lado sul a gente vê Gente chorando pra valer Porque não tem onde morar, onde viver Foi um barranco que caiu na minha casa E levou tudo, ninguém pôde fazer nada Enquanto isso o nordestino só vê fome Nem se quer um pingo de água pra beber Oh, pobre homem! Em poucas palavras resumo O que se passa no mundo É a semente do vale profundo Que plantamos a cada segundo