Não negociamos com fantasmas Eu nunca soube o que barganhar Eles querem retrações corpóreas E eu já cansei, eu já cansei Não negociamos com alemães Eles moram do lado de lá E se contorcem com as suas bocas retas E com as formas estetas Não negociamos minha mãe Ela fecha a porta e chora Pelo amor que se fez em demora Pelas coisas que eu nunca contei Não negociamos meus jardins Se ergam prédios, aço, fio, cobalto e plástico Pelo medo da agressão urbana A cor dos seus olhos nas placas erguidas Não negociamos com artistas Eles não sabem o que fazem Deus me perdoe, eles não sabem Deus me perdoe, eles não sabem