Tempo Dia e meio, pensamento... Meio-dia, sol a pino Quebra Como vidro Terço de contas de vidro Fosco Violento,o sol posto Litros de sol no tecido Lento Dia quente Dessas várzeas Fruto que tem gosto azedo Credo Lua morta, travesseiro Horas magras, horas verdes Breve Correnteza sem arreios Raspa na casca do tempo Fibra Vento morno, salto solto Corda vibra no rastilho Medo Quebra-vento, dessas asas Só quem voa sabe o peso Tarde Arde em ciclos, sobressalto No sobrado, resto da memória Nesse dia Nova rédea O tijolo não ergue Saudade Outros dias Outro tempo Pois o sol não é o mesmo Nunca Se repete Como um raio Na janela sem uma manhã...