Minhas palavras molham a terra igual à chuva que vem do céu Ajoelho pergunto a Deus por que o mundo é tão cruel Família desempregada, filho passando fome No país do desemprego criança já vira homem Não sei quando vai mudar, não vou viver pra saber Se a guerra continuar, sangue vai escorrer Na selva de concreto é só os bicho solto A cada passo é mais tortuoso Cada macaco no seu galho a guerra é territorial Piso na bola (bum) prepara pro funeral Homem bomba não existe é só os lobo na matilha Caçando sua presa, deixando luto na família O silêncio na noite, atrai assassinato O caçador vira presa, acaba morto no mato A selva é sinistra, cada canto é perigoso Leão que vacila, acaba morto Selva urbana, selva de concreto Vacilo na fauna o final eu decreto Selva urbana, selva de concreto É só os bicho solto, cordeiro não chega perto Selva silenciosa, os animais tão a solta Porcos te matam pela cor da sua roupa Corrupção domina no meio da floresta Deu passo em falso, acorda com furo no meio da testa Predadores, indo atrás da sua presa Na madrugada toda vítima é indefesa Acerto na noite, tiroteio sem parar Vence o mais forte ou o primeiro a atirar Selva controlada, lei é do opressor Alienação acaba com o sonho do sonhador Já cansei de ver, inocente metralhado Por causa de droga teve o futuro apagado Na selva de concreto, o luto predomina Pulando os corpos faz parte da rotina A selva é sinistra, cada canto é perigoso Leão que vacila, acaba morto Selva urbana, selva de concreto Vacilo na fauna o final eu decreto Selva urbana, selva de concreto É só os bicho solto, cordeiro não chega perto