Indignado, endiabrado, cria da rua Não quis bola e nem escola e sim viver a luz da lua Sempre em fuga, ninguém segura, pura malícia Feroz tipo vulcão, mas invisível como a brisa E na madruga não se iluda nunca sapo tem na blusa Seu brinquedo que põe medo em trapaceiro fi de puta Aprisionado nesses becos por dinheiro e sem amor Vi minha vida apodrecendo em meio ao ódio infrator Nessa pista, nós tem o que te excita Faz parte desse conto as mazelas dessa vida Vi jorrar muito sangue pro respeito ser mantido Vi morte de cagueta, de safado e talarico Disciplina é o que te priva, o que te livra na matina Pois pisado gera mágoa e o preço é pago com a vida Vou conquistar meu corre pelo amor ou pela dor Pondo em prática a rotina que a viela me ensinou Nascido e criado entre os becos da cidade Moldado pro perigo filho da perversidade Meu corre vem do crime, hoje ninguem segura Sou porra louca memo e venho da viela escura Ôô Meu santo é forte na guerra nunca me rendo Por dentro o sangue que corre é favela Ôô Lendas do crime e da rua Sou personagem dos contos de uma viela escura Contos de uma viela escura, só eu e Deus, por testemunha Cai chuva, meu "bulldogin" tá debaixo da blusa Minha XTzera me espera na curva do beco Eu e ela somos suspeitos minha dama de preto Os conto não são de fada nem fábula essa é minha rotina Os herói me quer morto nas vielas escuras da vida Na calada da noite eu sóbrio com meu isqueiro Na quina de uma viela de meu gueto Onde os contos criminal não tem livro e nem capa Muito menos personagem porque a mídia não relata Mas é na viela que a paty compra angélica Mas é na viela que o boy vem e compra pedra Mercado negro não comércio meio de viver Nossas lojinhas tem segurança e muito produto pra você Nós não troca, nós só vende e acumula cliente La no beco acontece altas fita quente Nascido e criado entre os becos da cidade Moldado pro perigo filho da perversidade Meu corre vem do crime, hoje ninguem segura Sou porra louca memo e venho da viela escura Ôô Meu santo é forte na guerra nunca me rendo Por dentro o sangue que corre é favela Ôô Lendas do crime e da rua Sou personagem dos contos de uma viela escura Noite escura, neblinado, clima de chuva Vesti minha blusa, minha bombeta, peguei o brinquedo que fura Fui pra rua, na captura com bala na agulha Me esquivei da dura, mas nunca esqueci que tinha culpa Nunca encontrei minha cura, vim foi da viela escura Nada se atura porque a vida é adrenalina pura Onde tem droga tem, sanguessuga pra pisa minha lombra Aqui tem puta tem, na viela onde os boy se assombra Na quina tem marijuana, no radinho coca da pura Na bica tem crack muita bala na viela escura Na viela do Goiás aos becos mais loucos de Minas Só se retrata o aroma e o gosto da carnificina De G. O. Até o entorno de Brasília carai Da rua pro presídio, salve, acredita, cês é capaz É rapaz, esses são os contos de uma viela escura Meu Deus! Vários se fode, mas só de tá vivo eu sou mais eu Nascido e criado entre os becos da cidade Moldado pro perigo filho da perversidade Meu corre vem do crime, hoje ninguem segura Sou porra louca memo e venho da viela escura Ôô Meu santo é forte na guerra nunca me rendo Por dentro o sangue que corre é favela Ôô Lendas do crime e da rua Sou personagem dos contos de uma viela escura Hoje eu tive um mal pressentimento, deixa quieto, sumemo Minha quebrada ta sangue, cotidiano violento Cada dia mais véu, cada dia mais lenço O clima ta big no pique de homicidio é tenso Sem gelo nos balde, sem uísque pra curtir Meu catatau ligou e a bala veio de encontro a mim Sangue do meu sangue, laços familiares Não pude acreditar quando o disparo foi na face No abdômen o calafrio, minhas perna trava Desespero no beco e os flashs eu avistava Mó buxixo no whats, curiosos, informal passa Contos do crime, na viela, Samu, minha irmã na maca Da UTI do HE, estado gravíssimo, sala de cirurgia Só medicina e Cristo, opera senhor, to em busca de uma milagre Faz justiça, caos, ó Pai, meus joelhos tão no vale Nascido e criado entre os becos da cidade Moldado pro perigo filho da perversidade Meu corre vem do crime, hoje ninguem segura Sou porra louca memo e venho da viela escura Ôô Meu santo é forte na guerra nunca me rendo Por dentro o sangue que corre é favela Ôô Lendas do crime e da rua Sou personagem dos contos de uma viela escura