O vento folheia o livro enquanto vai De volta o peregrino à casa do pai... À sombra de um cipreste Véu de seda sobre a face No alforje, um pergaminho conta a sua história Para que a sua história não passe O mesmo chão, o mesmo céu A hora mesma, a mesma dor A mesma luz na escuridão Na multidão, um só andor O mundo inteiro repartido, reunido em oração A mesma mão, o mesmo irmão O mesmo Deus e suas faces O homem mesmo, o mesmo impasse É tanto amor, é tanta vida A morte santa ressuscita O mundo inteiro repartido reunido em oração A mesma mão, o mesmo irmão Os sinos dobram, dobram os sinos Em memória ao peregrino que desaparece Mas, no sorriso da menina e do menino, A esperança resplandece Mas, no sorriso do menino e da menina, O peregrino da esperança permanece O vento folheia o livro enquanto vai De volta o peregrino à casa do pai...