Velho Táta, quase lenda Destas lonjuras sem fim A fronteira era seu mundo Seu sonho o fez assim Os bois, parceiros de lida A carreta, seu ganha pão Palheiro pras invernias E um cusco pra solidão Êra boi, êra boiada Carreta, sonho de um tempo Range na poeira da história Um triste canto, lamento O ofício de carreteiro No progresso foi levado Restou apenas silêncio Numa estrada do passado Posteiro destas fronteiras Muitos hão de recordar Do velho Táta, a su manera Silbando coplas naquele andejar De volta ao rancho, depois de dias Já cansado de tanto estradear Um regalo, jamais esquecia Os caramelos pros pias Tal qual a curva da estrada Os bois, a carreta amiga Aqueles anos de geada Envergaram a própria vida Os bois, à espera ficaram A carreta não'algum jardim Um dia te foste, meu Táta Mas ainda vives em mim